quinta-feira, 30 de junho de 2011

Uma carta de Deus para você


Escreva seu nome no espaço abaixo...
Depois, leia calmamente a carta, saboreando palavra por palavra, como Palavra de Deus dirigida pessoalmente a você...
Procure curtir as palavras ou frases mais significativas... e fique nelas enquanto isso for bom...
Deixe fluir os sentimentos e emoções que a Palavra despertar em você...
Eu te criei à minha imagem e semelhança, te abençoei para poderes crescer e ser fecundo... e vi que eras muito bom.1 Antes de te formar no ventre de tua mãe, eu te conheci; antes de vires ã luz, eu te consagrei.2 Não foste tu que me escolheste. Fui eu que te escolhi.3 Não te chamo de servo, eu te chamo de amigo.4
Quando tu eras criança, eu te amei. Eu te ensinei a andar, segurando-te pela mão. Eu te atraí com laços de bondade, com cordas de amor. Fiz contigo como quem levanta até seu rosto uma criança e para te dar de comer eu me abaixava.5
Tu és meu amigo, eu te escolhi. Desde os confins do mundo eu te tomei e te chamei dos extremos da terra. Eu te escolhi e jamais te rejeitei. Não tenhas medo, pois eu estou contigo. Não precisas olhar com desconfiança, pois eu sou o teu Deus. Eu te fortaleço, eu te ajudo e te sustento com minha mão e te digo: não tenhas medo, eu mesmo te ajudarei.6
Tu és o meu escolhido, em ti tenho o meu agrado. Eu coloquei sobre ti o meu espírito, para promoveres o direito e a justiça. Eu te chamei para a justiça, tomei-te pela mão e te dei forma e te coloquei como aliança de um povo e como luz para as nações.7 Não tenhas medo, meu amigo, meu querido, meu escolhido!8 Não vou te esquecer. Limpei todas as tuas transgressões como se fossem névoa e teus pecados como se fossem nuvem. Volta sempre para mim, porque eu sou o teu redentor.9 Eu te chamei pelo nome e te dei um sobrenome.10 Eu te carrego desde o teu nascimento, eu te carrego no colo desde o ventre materno. Até à tua velhice eu serei o mesmo, até que teus cabelos fiquem brancos... eu continuarei te carregando. Eu te carregarei e te salvarei. 11 Eu te falo coisas novas, segredos que você não conhece.12 Eu mesmo te falei e pessoalmente te chamei; eu te quero bem e torno feliz o teu caminho.13 Não tenhas medo, homem querido (mulher querida). Tem calma e sê forte!14
Eu te ensino para o teu bem e te guio pelo caminho que deves seguir.15 Tu ainda estavas no ventre materno e eu te chamei; tu estavas nas entranhas de tua mãe e eu pronunciei o teu nome. Tu és meu amigo e eu me orgulho de ti!16 Faço de ti uma luz para as nações, para que a minha salvação chegue até aos confins da terra.17
Como rebanho poderás te alimentar em todos os caminhos e em qualquer colina encontrarás pastagem. Não passarás fome nem sede; não serás molestado pelo calor nem pelo sol, pois eu me compadeço de ti e te conduzirei e te guiarei para onde há fontes de água. Transformarei teus montes em caminhos. 18
Pode a mãe se esquecer de seu nenê, pode ela deixar de ter amor pelo filho de suas entranhas? Ainda que ela se esqueça, eu não me esquecerei de ti. Eu te tatuei na palma de minha mão.19 Coloquei minha palavra na tua boca e te escondi na sombra de minha mão.20 Desperta! Desperta! Reveste-te de força! Veste a roupa de festa! Sacode a poeira, levanta-te! Tira a coleira do pescoço!21
Aumenta o espaço de tua tenda, estende a lona, estica as cordas, finca as estacas, porque tu vais te estender para a direita e para a esquerda.22 Mesmo que os montes se retirem e as colinas vacilem, meu amor nunca vai se afastar de ti, minha aliança de paz não vacilará, porque eu me compadeço de ti.23
Eu te estabelecerei com justiça, longe da opressão e não terás que temer; ficarás longe do temor, que nunca mais se aproximará de ti.24 Tu que estás com sede, vem buscar água. Tu que não tens dinheiro, vem e compra e come sem dinheiro e bebe vinho e leite sem pagar.25 Procura-me, porque eu me deixo encontrar; chama por mim, porque eu estou perto! Volta para mim porque eu tenho compaixão; volta para mim porque eu perdoo com generosidade.26 Tu sairás com alegria e serás conduzido em paz!27
Eu te darei na minha casa um lugar e um nome que valem muito mais do que filhos e filhas; eu te darei um nome eterno que nunca desaparecerá. Eu te levarei para a minha montanha santa te farei feliz na minha casa. 28 Ninguém te chamará abandonado (a) e nunca mais te sentirás desolado (a). Eu te chamarei minha delícia e terás por nome `desposado(a)`, porque eu vou te amar e terás um esposo. Como o jovem se casa com uma jovem, eu casarei contigo; como o esposo se alegra com a esposa, eu me alegrarei contigo. 29 Antes que me invoques eu responderei; quando começares a falar, eu já estarei atendendo! 30 Eu te levarei no colo e serás acariciado(a) sobre os meus joelhos. Como a mãe consola o seu filho, assim eu vou te consolar. Ficarás de coração alegre e teus ossos florescerão como um campo. 31 Criarás raízes e darás botões e flores e teus frutos cobrirão a terra. 32
Eu perdoo todas as tuas culpas e curo todos os teus males. Redimo da cova a tua vida e te coroo de amor e compaixão. Eu sacio de bens os teus anos e renovo tua juventude como a da águia. Eu sou compaixão e piedade e não te trato conforme os teus erros nem te devolvo segundo as tuas culpas. Como uma mãe é compassiva com seus filhos, assim eu sou compassivo para contigo, porque eu lembro do pó que tu és. 33
Eu sou o teu pastor, nada te faltará! Em verdes pastagens te faço repousar, para as fontes tranquilas te conduzo e restauro as tuas forças. Eu te guio por bons caminhos e estou junto de ti e meu cajado te deixa tranquilo.34
Da terra eu te criei e te revesti com minha própria força e te criei à minha imagem. Dei-te discernimento, língua, olhos, ouvido e mente para pensar. Enchi-te de ciência e inteligência e também te mostrei o bem e o mal. Concedi-te ciência e te entreguei como herança a lei da vida. Toma cuidado para não cometer injustiça e preocupa-te com o próximo.35
Eu tenho paciência para contigo e derramo sobre ti a minha misericórdia. Vejo e reconheço que o teu fim é miserável e por isso multiplico para contigo o meu perdão.36 Como o barro nas mãos do oleiro, assim és tu nas minhas mãos!37 Tu és propriedade minha. Em terra deserta eu te encontrei, na vastidão ululante do deserto. Cerquei-te de cuidados e te ensinei, guardei-te como a menina dos olhos. Qual águia que desperta a ninhada voando sobre os filhotes, também eu estendi minhas asas e te apanhei e sobre as penas te carreguei. Somente eu, o Senhor, te guiei e nenhum outro Deus esteve contigo!38
Não tenhas medo, pois eu te resgatei, chamei-te pelo nome, tu és meu! Se tiveres de passar pela água, estarei a teu lado; se tiveres que atravessar rios, eles não te submergirão. Se andares pelo fogo, não serás queimado e as labaredas não te chamuscarão. Pois eu sou o Senhor teu Deus, o Santo de Israel, teu Salvador. Já que contas muito aos meus olhos, me és caro e eu te amo, entrego homens em teu lugar e povos por tua vida. Não tenhas medo, pois estou contigo!39
Eu passei por aí e vi você se debatendo no seu próprio sangue. Vendo-te ensanguentado(a), eu te disse: `continua vivendo!` Eu te tornei como o broto do campo. Tu cresceste, ficaste grande e chegaste à flor da juventude. Passei por aí e vi você! Notei que estavas na idade do amor. Então joguei a minha capa em teus ombros, para cobrir a tua nudez. Fiz um juramento e me comprometi contigo em aliança, de modo que passaste a ser meu (minha). Dei-te um banho e lavei o sangue que estava em teu corpo e te ungi com óleo. Depois eu te vesti com roupas bordadas, calcei-te com sapatos de couro fino e coloquei em ti um laço de linho e te cobri com um véu de seda. Tua beleza era cada dia maior.40
Eu vou te seduzir e vou te levar ao deserto e conquistar teu coração. Tu me responderás como nos dias de tua juventude. Farei uma aliança contigo na justiça e no direito, no amor e na ternura. Farei contigo uma aliança na fidelidade e tu me conhecerás.41
Vem a mim, tu que andas cansado(a) de carregar o peso do teu fardo, e eu te darei descanso. Carrega a minha carga e aprende de mim, que sou manso e humilde de coração e encontrarás descanso para tua vida. Porque a minha carga é suave e o meu fardo é leve. 42 Eu não venho para te condenar, mas para te salvar. 43 Eu venho para que tenhas vida e vida em abundância.44 Eu sou o bom pastor: eu te conheço e tu me conheces, assim como Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou a minha vida por ti. Eu caminharei na tua frente e tu me seguirás, porque conheces a minha voz.45 Eu te procuro quando te perdes e te reconduzo quando te desgarras; eu te curo quando estás ferido(a) e te fortaleço quando estás fraco(a)!46
Não te preocupes com a vida, com o que comer, nem com o corpo, com o que vestir, pois a vida vale mais que a comida e o corpo vale mais que a roupa. Olha as aves do céu: elas não semeiam nem colhem e não possuem celeiros e no entanto eu as alimento. Tu vales muito mais que as aves do céu! Não te inquietes com o que vais comer ou beber... eu bem sei que tens necessidade dessas coisas. Busca o meu Reino e eu te darei essas coisas em acréscimo! Não tenhas medo, porque eu tenho prazer em te dar o Reino! 47
Ama os teus irmãos. Assim como eu te amo, ama também os teus irmãos.48 Ama a ti mesmo... e ama teu próximo como a ti mesmo!49
Eu olho para ti com amor e te digo: vai, vende tudo o que tens e dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no meu Reino. Depois, vem e segue-me!50
Eu estou à tua porta e bato. Se abrires a porta, eu entrarei e cearei contigo!51
1 Gn.1, 26.28.31
2 Jr. 1,5
3 Jo. 15, 16
4 Jo. 15, 15
5 Os. 11, 1-4
6 Is. 41, 8-13
7 Is. 42, 1.6
8 Is. 44, 2
9 Is. 44, 21-22
10 Is. 45, 4
11 Is. 46, 3-4
12 Is. 48, 6
13 Is. 48, 15
14 Dn. 10, 14
15 Is. 48, 17
16 Is. 49, 1.3
17 Is. 49, 6
18 Is. 49, 9-10
19 Is. 49, 15-16
20 Is. 51, 16
21 Is. 52, 1-2
22 Is. 54, 2-3
23 Is. 54, 10
24 Is. 54, 14
25 Is. 55, 1
26 Is. 55, 6-7
27 Is. 55, 12
28 Is. 55, 12
29 Is. 62, 4-5
30 Is. 65, 24
31 Is. 66, 12-14
32 Is. 27, 6
33 Sl. 103, 3-4.10.13-14
34 Sl. 23, 1-4
35 Eclo. 17, 1-12
36 Eclo. 18, 7-11
37 Jer. 18, 6
38 Dt. 32, 9-12
39 Is. 43, 1-5
40 Ez. 16, 6-14
41 Os. 2, 16.21
42 Mt. 11, 28-30
43 Jo. 12, 47
44 Jo. 10, 10
45 Jo. 10, 14-15. 4
46 Ez. 34, 16
Domingos Cunha, CSh.
Extraído do site da comunidade católica Shalom: http://eneagramashalom.com.br/espiritualidade/carta.html

segunda-feira, 27 de junho de 2011

RERUM NOVARUM: A REVIRAVOLTA DA IGREJA CATÓLICA E O SURGIMENTO DE SUA DOUTRINA SOCIAL

Em 1891, com a publicação da encíclica Rerum Novarum, a Igreja Católica, sob o pontificado de Leão XIII, deu uma verdadeira guinada que revolucionou o mundo das relações do trabalho e fez-se notar que uma “reconciliação da Igreja com o mundo moderno estava começando” (p. 28).
Essa encíclica foi o ponto de partida para a elaboração progressiva da Doutrina Social da Igreja e “recolhe o fruto de quase 50 anos de estudos e discussões” (MARTINA, Giácomo, Apud in: R. Gutierrez, E, p. 17) a respeito das questões sociais e do mundo do trabalho. A Rerum Novarum também serviu como resposta da Igreja Católica ao “Manifesto do Partido Comunista”, publicado em 1848, por Engels e Marx, e a influência liberal presente na obra "Uma investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das nações" publicada por Adam Smith cerca de cem anos antes da publicação da encíclica e que naquele momento era o pilar de sustentação do liberalismo.
O mundo estava entre o bloco capitalista e o nascente bloco socialista e em meio a essa queda de braço a RN rejeita e condena o comunismo e o socialismo, faz também severas críticas ao liberalismo pela concentração de renda nas mãos de uns poucos como conseqüência do sistema capitalista.
Todavia, a encíclica não ficou apenas nas críticas, mas fez também propostas e orientações éticas claras, como: “o trabalho não é uma mercadoria; a determinação de seu valor não pode ser entregue às forças livres do mercado; não basta o livre acordo entre as partes para que o salário seja justo, porque o trabalhador, movido pela necessidade pode aceitar qualquer retribuição” (R. Gutierrez, E. p. 26). Quanto à isto, no parágrafo 63 da RN, Leão XIII faz a afirmação de que há “uma lei de justiça natural mais elevada e mais antiga”. Dessa justiça natural é que brotarão os germens da justiça social da Igreja.
A RN apresenta a primeira fundamentação da Doutrina Social da Igreja sobre a propriedade privada, o surgimento dessa fundamentação se estrutura assim:
1 – Existência de problemas quanto à questão operária;
2 – Resposta socialista para resolver o problema;
3 – Rejeição dessa proposta pela Igreja e a afirmação do direito legítimo à propriedade privada, com o posicionamento ético frente ao liberalismo.
Leão XIII descreve o tema da justiça social na propriedade como: importante, difícil, perigoso e urgente, já que se trata do bem “das classes inferiores, atendendo a que eles estão, pela maior parte, numa situação de infortúnio e de miséria imerecida” (RN 5).
A rejeição ao socialismo, com sua transferência dos bens ao Estado como único proprietário, é feita em nome do direito dos operários como “legítimos possuidores” e pela “desnaturação das funções do Estado” que, ao invés de cumprir sua missão garantindo o direito à propriedade privada, age com violência contra os proprietários legítimos de bens e institui-se como o único proprietário do qual todos os outros recebem apenas a concessão ou outorga, que dá o direito de uso-fruto dos bens.
De tal modo, além de perder o que já possui, o operário perde também a possibilidade de, através de um honesto trabalho, adquirir bens e propriedades como conquista própria que lhe pertença e sirva a si e a sua família como mediação que lhe garanta a “sua sustentação e às necessidades da vida” (RN. 9).
No entanto, a encíclica leonina, ao abordar o direito à propriedade não se refere apenas aos bens de consumo, mas também aos meios de produção que podem ser adquiridos por meio das economias, ou seja, do excedente de legítimo salário do trabalhador. Daí a importância do estabelecimento de um justo salário que leve em conta as necessidades e legítimos direitos do trabalhador e de sua família. Salário justo é entendido pelo Pontífice como aquele que garante ao operário dignas condições de vida, adequada subsistência de sua família e possibilidade de poupança para enfrentar os imprevistos da vida. Portanto, o salário deve ser suficiente para que o trabalhador poupe e possibilite o acesso à propriedade dos meios de produção. A isso, é claro, Leão XIII afirma que será possível mediante a conversão das pessoas por meio da educação cristã das consciências (Cf. RN 29-34).
Alguns pontos da encíclica que devem ser levados em conta:
O trabalho faz parte da vocação de cada pessoa (RN. 29);
O direito à propriedade é um direito natural (RN. 5-6);
O direito de propriedade é diferente de seu uso (RN. 19);
Estabelece-se a “dignidade do trabalhador” e a “dignidade do trabalho” (Cf. RN. 130 e 114 s);
Os operários devem poder formar um patrimônio, um pequeno “pecúlio” (RN. 30, 65) e isso só pode ocorrer por meio de um justo salário (RN. 32, 61-67);
O repouso dominical e a delimitação das horas de trabalho são outras justas reivindicações, enfatizadas de tal modo que o operário não seja sobrecarregado excessivamente (RN. 32);
Pede que se leve em consideração a condição das mulheres e das crianças que, por sua índole natural, não podem ser submetidas a tarefas violentas (RN. 33);
Alça o direito natural às associações como algo legítimo e necessário para a proteção do trabalhador;
O auxílio aos indigentes e desprovidos de meios pessoais deve ser provido por parte do Estado (RN. 29). Nasce aqui o princípio de subsidiariedade ainda que não se use esse termo, posteriormente utilizado na Encíclica Quadragesimo Anno de Pio XI.
CONCLUSÃO
Pio XI, em sua encíclica Quadragesimo Anno de 1931, diz que a encíclica Rerum Novarum é a “Magna Carta” dos operários (QA 39). Ainda hoje o pensamento de Leão XIII, aprofundado pelos seus sucessores, é discutido, citado e defendido em livros e jornais, mesmo em meios não católicos. O centro do pensamento leonino é a dignidade da pessoa humana e do trabalho. Por seu valor atual está presente até mesmo nos Parlamentos e Tribunais, por meio das leis estabelecidas através dos princípios da sociologia católica aplicada pelas autoridades civis.
Contudo, ainda há muitos desafios na atualidade e até mesmo retrocessos e coisas novas que vão surgindo. Faz-se necessário “arregaçar as mangas”, como diz em outras palavras o Papa João Paulo II, no ano do Centenário da encíclica: “Para responder às exigências concretas do Evangelho, não vos bastará uma comemoração, em data precisa, da Rerum Novarum, nem vos bastará todo este ano que dediquei ao estudo do pensamento social da Igreja. Estai convictos de que se trata de um canteiro sempre aberto, de um canteiro a que todos são chamados para que toda a humanidade, na precariedade de sua condição, responda sempre melhor à sua divina vocação” (extraído de L’OSSERVATORE ROMANO, 05/03/91, p.2).
BIBLIOGRAFIA:
LEÃO XIII. Carta Encíclica Rerum Novarum.
PIO XI. Carta Encíclica Quadragesimo Anno. São Paulo: Paulinas, 2004.
R. GUTIERREZ, E. De Leão XIII a João Paulo II. Cem anos de Doutrina Social da Igreja. São Paulo: Paulinas, 2005.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Camiseta do Grupo de Jovens

Essa é a foto do desenho de uma camiseta que fizemos para o Grupo de Jovens Cristo Vivo de Ipameri - GO, se não me engano no ano de 2003.




terça-feira, 14 de junho de 2011

Pneumatologia - 3ª parte


O DIA DE PENTECOSTES COMO PONTO DE PARTIDA PARA A MISSÃO EVANGELIZADORA.
Murah Rannier Peixoto Vaz
Os doze primeiros capítulos do livro dos Atos dos Apóstolos possuem a maior ocorrência do termo grego “Pneuma” no Novo Testamento. São trinta e sete ocorrências, sendo que em todo o livro, o mesmo termo, aparece por 68 vezes. Isso pode ser explicado por um propósito de demonstrar a experiência avassaladora dos primeiros discípulos, sempre associada ao Espírito Santo que lhes dava o poder para anunciar o Evangelho de Jesus à todos os povos.
Há ainda no livro dos Atos dos Apóstolos alguns paralelos e mesmo oposições, como se percebe nas releituras de Lucas, como, por exemplo, no paralelismo do dia de Pentecostes com o dia do Batismo de Jesus. Com a descida do Espírito Santo mana a unção e preparação para a pregação profética dos apóstolos.
Possivelmente, o texto também apresenta uma releitura etiológica da festa das semanas e da Hagadá do Sinai, e como oposições são apresentadas as figuras de Babel e Pentecostes. Babel é símbolo da confusão, divisão e incompreensão, enquanto que Pentecostes é apresentada como sinal de encontro, de união e compreensão.
É perceptível a leitura dos cumprimentos das promessas do Antigo Testamento, dos profetas Isaías e Joel, de que todos ficariam “repletos do Espírito Santo”, e o seu cumprimento em Jesus Cristo. O inflamar do Espírito ocasiona um fenômeno duradouro que impulsiona à uma pregação profética.
Pode-se dizer que o que acontece em Pentecostes é singular, mas não exclusivo, pois volta a acontecer em uma infinidade de “novos Pentecostes”, provocados pela pregação profética e que expandem o mesmo fenômeno de Pentecostes e o doa à todos os ouvintes, como conseqüência da conversão e do Batismo.
PERGUNTA-SE: O QUE QUER APRESENTAR LUCAS?
1 - O evangelista não está preocupado em apresentar uma teologia do Batismo, mas no nexo existente entre o Espírito Santo e a pregação profética.
2 – Ainda sobre o interesse de demonstrar a forte ação do Espírito, Lucas apresenta vários sinais e imagens visíveis da sua atividade.
3 – Assim como Paulo, Lucas não reflete sobre as relações intratrinitárias, porém põe lado a lado: Deus, Cristo e o Espírito Santo.
4 – Quanto ao relacionamento entre o Batismo e o Espírito Santo, um pode preceder o outro e vice-versa, pode também acontecer ao mesmo tempo. Com essa afirmação Lucas quer mostrar que era ajudada pelo Espírito Santo que a Igreja crescia.
JOÃO E O ESPÍRITO DA VERDADE
Para o João, antes da Páscoa, Jesus é o portador do Espírito e por duas vezes o evangelista acentua que o “Espírito permanece sobre ele” desde o dia de seu Batismo.
IMAGENS E TEOLOGIA JOANINA
a) O testemunho do Espírito - dado por João Batista, apresenta Jesus como aquele que batiza com o “Espírito” ou como em 1Jo 5, 6-8, que apresenta Jesus como aquele que veio pela “água e pelo sangue”. Desde os primórdios os santos Padres da Igreja viram nessa imagem uma alusão ao Batismo e à Eucaristia.
b) Água viva do Espírito- Jesus como imagem de uma fonte de onde jorra “água viva” purificadora, antes dele não havia o Espírito, mas depois de sua glorificação, conforme prometido, ele é dado por Jesus.
c) Glorificação e envio do Espírito – É na cruz que Jesus batiza. No lugar em que ele é executado é que, ao mesmo tempo, ele batiza com o seu Espírito. A citação de Jo 19, 30 não se refere apenas à morte de Jesus, mas também na doação do Espírito aos seus. Essa imagem quando comparada aos demais evangelista vê-se nela certas discrepâncias e divergências em sua apresentação, pois a visão Joanina tem a morte, ressurreição e glorificação, bem como a comunicação do Espírito de Jesus, como algo intrínseco e inseparável.
Contudo, mesmo tendo recebido o Espírito, João mostra que permanece a tensão entre a promessa e o cumprimento, entre o “já” e o “ainda não”.
FUNÇÕES ATRIBUÍDAS AO ESPÍRITO SANTO:
1 – O outro Paráclito: Jesus é tido como o primeiro Paráclito, como ele mesmo diz no evangelho de João 14, 16, e como sucessor o Espírito terá a missão de representar e recordar as palavras de Jesus, dar testemunho dele e receber daquilo que o Filho recebeu do Pai. De tal forma, a sucessão do Espírito não é uma substituição, mas uma continuidade da ação salvífica de Jesus.
2 – O Espírito da Verdade: quem crê pode recebê-lo, vê-lo e conhecê-lo, e, da mesma foram, o Espírito da Verdade permanece entre eles e, mais ainda, permanece neles. O Espírito da Verdade não traz um ensinamento novo, mas presentifica, atualiza e aprofunda os ensinamentos de Jesus, pois não é um mero repetidor.
VIDA A PARTIR DO ESPÍRITO E NO ESPÍRITO
Espírito e vida são um entrelaçamento de “Palavra – Verdade – vida e Espírito” As palavras de Jesus são Espírito e vida porque nelas ele comunica o Espírito Criador de vida. A partir da fé, ser batizado é receber vida nova a partir do Espírito. Isso ocorre na liberdade da pessoa. Há aqui a unidade entre o interior e o exterior da pessoa, ou seja, ma vida espiritual e nas atitudes, no testemunho de vida. Isso se refere ao cotidiano e não a experiências espetaculares.
É por meio do Espírito que se pode confessar Jesus é o Senhor, o Cristo, e se amamos os irmãos é porque Deus nos amou por primeiro.
RELACIONAMENTO DO ESPÍRITO COM O PAI E O FILHO
O Espírito é dádiva tanto do Pai quanto do Filho. Há por parte do evangelista um realce quanto ao paralelo das missões do Filho e do Espírito.
De forma mais clara que em São Paulo, a partir do acontecimento salvífico o Espírito não só atinge e liga os crentes com Cristo e com o Pai, como também une o Pai e o Filho em sua comunhão de ação e vida.
Todavia, o paralelismo das missões torna o espírito algo mais perceptível em sua personalidade e em seu caráter de sujeito, de pessoa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Espírito Santo desde o princípio esteve presente e jamais se ausentou da criação (cf. Gn 1,2) ou da história da salvação. Deus no seu ato criador cria e comunica o seu hálito de vida, a ruah vivificante, fecunda, dinâmica e atuante de Yahweh.
Analisando tanto no Antigo quanto no Novo Testamento nota-se a atuação do Espírito Santo. No Novo Testamento, Jesus aparece como o portador do Espírito, sob o qual este permanece, contudo, o Filho de Deus envia o Espírito aos seus discípulos para que estes repletos do Espírito Santo levem a mensagem de sua Boa Nova e possam fazer tudo aquilo que ele mesmo fez e até coisas maiores conforme a fé que possuírem.
Como laço do amor Divino que une e liga o Pai e o Filho, o Espírito Liga também a humanidade a Deus e entre si, e é por sua existência vigente em nosso meio que Jesus é presentificado, atualizado e recordado. É por meio do Espírito Santo, com sua ação de testemunha, que podemos confessar Jesus é o Cristo e “Abba” Pai, é ele que lado a lado, com o Pai e o Filho, desde sempre convidam a humanidade a fazer parte do banquete da comunhão trinitária.
BIBLIOGRAFIA:
SCHNEIDER, Teodor. Manual de Dogmática. Vol. I. Petrópolis: Vozes. 2000, p. 409-442.

Pneumatologia - 2ª Parte


EXPERIÊNCIA E TEOLOGIA DO ESPÍRITO NO NOVO TESTAMENTO
Murah Rannier Peixoto Vaz
Os discípulos de Jesus são animados pela experiência de que as duas grandes esperanças que articulam nas Escrituras desde o exílio, e foram mantidas vivas em diversas correntes do antigo judaísmo se cumprem em Jesus que é o messias ungido pelo Espírito, e nós somos o povo presenteado pelo Espírito Santo. É o que compreendemos ao meditar a Epístola de São Paulo aos Gálatas capítulo 4, onde está clara a missão do Filho, e a missão do Espírito que clama: Abba Pai!
Ao refletir-se sobre as primeiras experiências do Espírito, parte-se da relação entre Jesus e o Espírito. Provavelmente, a princípio Jesus fazia parte do movimento de João Batista, o qual batizava com água e anunciava o futuro batismo “com o Espírito Santo e com o fogo” (Mt 3,11; Lc 3,16). Contudo, é provável que Jesus adquiriu sua espiritualidade de forma crescente em relação a tradição profética e o conteúdo de Isaías 61,1 “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque o Senhor me ungiu”. Por isso também que o Senhor Jesus condena ao fogo eterno o pecado contra o Espírito Santo, que consiste na rejeição da missão de Jesus, e na negação de sua autoridade espiritual, é um verdadeiro fechamento em si mesmo.
Os seguidores de Jesus, depois da ressurreição do Divino Mestre passaram a olhar a vida do mestre a luz do evento da ressurreição e iluminados por este evento, percebem a presença do Espírito de Deus em toda sua missão e ação; nos relatos evangélicos Jesus não fala do Espírito Santo contudo ele é o homem do Espírito de Deus, mas a comunidade não só entende que Jesus é repleto do Espírito Santo, mas que a própria comunidade vive a luz desta presença e guiados por ela agem no mundo com luz das nações.
Alguns eventos ressaltam a ação do Espírito na igreja nascente, a presença do Espírito na comunidade como outrora no templo; o dom é dado às mulheres também; sabedoria, conhecimento, força de fé; interpretação da Bíblia à luz de Cristo e do Espírito; fortalecimento para o testemunho de fé, especialmente no caso de perseguição; o Espírito como testemunha, advogado, intercessor; oração extática e discurso profético; arrebatamento e condução pelo Espírito; cura de doentes, assim é válido lembrar que a comunidade atualiza a presença do Espírito na comunidade e faz memória da ação do Espírito na história do povo de Deus.
Paulo em seus escritos salienta a vida espiritual de Cristo e dos cristãos; Cristo é o ungido o Messias que veio para salvar o povo, estabelecer uma nova criação feita a partir do Espírito Santo, que provém do Pai, por fim se entende que Jesus é o próprio Espírito, aliás, que o Espírito é o Espírito de Cristo. Em seus escritos Paulo salienta que os cristãos agem pelo Espírito, que capacita os batizados para a vida nova, gera a comunhão entre os fiéis e revela a Santíssima Trindade.
Ele também salienta que a fé é dom do Espírito que somente por Ele se pode proclamar a fé, é através da fé que podemos interpretar a palavra à luz do Espírito que dá a vida e não pela letra que mata. Para Paulo, o cristão é movido pelo Espírito que lhe é dado como dom aos que crêem, mas ambos são dom de Deus, o Espírito só pode ser dado ou recebido, ele é o princípio da vida dos fiéis e por fim faz uma separação entre vida espiritual (que dá a vida) e vida carnal (que leva à morte). A comunidade é plena dos dons e da presença do Espírito Santo que dá também o discernimento dos espíritos.
Não se pode conceitualizar o Espírito Santo, Ele apenas pode ser descrito pela sua ação e a partir dele os fiéis experimentam a solicitude de Deus em Jesus Cristo.
Os sinóticos também apresentam Jesus como o portador do Espírito Santo, que é o que dá autoridade a pessoa de Cristo diante do Pai e de sua comunhão com Ele. Também é o Espírito Santo que envia os missionários para anunciar e em Lucas ele é o portador e doador do Espírito Santo que é dádiva de Deus, contudo, de certa forma, todos eles lembram que o Espírito Santo já é dado, mas não em plenitude.

Pneumatologia - 1ª Parte

FUNDAMENTOS BÍBLICOS DA PNEUMATOLOGIA CRISTÃ NO ANTIGO TESTAMENTO
Murah Rannier Peixoto Vaz
A experiência de Israel com o Espírito de Deus já se reflete na pronúncia do vocábulo ruah, que acontece como um movimento de ar e respiração surpreendentemente forte, ar que como sabemos é necessário para a vida, ar que às vezes experimentamos por uma respiração tranqüila, mas também, às vezes como um vento devastador, isso porque para o homem do Antigo Testamento tudo provém de Deus, tudo é designado como ruah. Até as forças demoníacas são subordinadas a Deus, de modo que às vezes ele próprio aparece como seu causador como se constata em 1Sm 16,14-23. O termo ruah é quase sempre feminino, isso porque o Deus como ruah revela-se de modo particular nos papéis maternos da criação, manutenção e proteção da vida, fazendo-a surgir como fazem as mães. Com isso, no contexto teológico, ruah se refere à força vital dinâmica criadora, estando intrinsecamente unidos Espírito e vida.
A primeira atuação do Espírito ao povo de Israel foi a experiência da salvação, onde o próprio Deus tira Israel da casa da escravidão que é o Egito, e o conduz para a terra prometida. E isso o faz “Com mão forte e com braço estendido, sob grande espanto, sob sinais e prodígios” (Dt 26,8). Israel experimenta diretamente a atuação do Espírito, como vemos no tempo dos juízes o Espírito de Deus “impele” a Sansão (Jz 13,25), “sobrevêm” a Otoniel (Jz 3,10) e a Jefté (11,29), “reveste” a Gedeão (6,34), e em muitos outros casos como na saga de Sansão, o Espírito demonstra seu poder salvador.
No Antigo Testamento também vemos a experiência do Espírito como êxtase profético que acontece nas confrarias dos filhos de profetas. Como aconteceu a Saul e está relatado em 1Sm 10,5-13, contudo, o êxtase não representa um aspecto específico e necessário para a experiência mesmo vetero-testamentária do Espírito.
Em todos os momentos importantes de Israel se constata pela palavra a ação do Espírito, por exemplo, na instituição da monarquia vemos em 1 Sm 10,10 que: “O Espírito de Deus (ruah Elohim) veio sobre Saul, e Saul entrou em êxtase profético no meio deles”. E o mesmo Espírito depois se retira de Saul por causa de seu pecado e passa para Davi, é onde começa um ciclo em que Deus sempre luta para restabelecer a aliança com o povo.
Já na vida dos profetas a ação do Espírito é tamanha que às vezes o próprio ruah é quem fala em nome de Deus. Em Ezequiel 11,5 lemos: “Então o Espírito de Javé veio sobre mim e me disse: Fala: Assim diz o Senhor...” Contudo, em alguns momentos vê-se a falta de invocação ao Espírito, provavelmente por causa dos constantes confrontamentos com falsos profetas aos quais lhes sobrevinham um espírito de mentira. Mas, voltando à experiência de Ezequiel, vemos um aprofundamento teológico na concepção de ruah “vento”, pois, o profeta se sente levantado e levado (Ez 3,14) ou arrebatado (8,3) pela ruah de Deus (11,24) esses arrebatamentos introduzem muitas vezes a uma visão reveladora. De forma geral nos profetas, o Espírito leva sempre à comunhão com a vontade de Deus formando um a unidade.
No Exílio se tem um momento crucial do relacionamento do Espírito com o profeta, sua ação adquire formas mais nítidas como “ruah Yahweh” desdobrando-se em criação e nova criação. Na primeira já vemos no livro de Êxodo onde a ruah de Javé teve papel decisivo na travessia pelo mar, fazendo o mar retirar-se (14,21) ou fazendo as massas de água se amontoarem (15,8). Além de Salmos pós-exílicos como o 104 que celebra o poder criador da própria ruah, e mais, já no relato da criação do escrito sacerdotal vê-se radicada as mesmas tradições, de que a ação do Espírito é uníssona à obra da criação de Deus.
O sentido da nova criação é uma nova vida, um novo espírito como é apresentado por Ezequiel no capítulo 37, pois, o Espírito de Deus atua na linha divisória entre a morte e a vida, e o Espírito de Deus recria como que tirando do túmulo dando-lhe vida nova marcada pela comunhão.
A ação do Espírito é sempre voltada para o bem coletivo mesmo quando o Espírito é concedido a indivíduos eleitos como os reis messiânicos, além dos profetas como já vimos. Assim, o Espírito nunca é concedido como posse pessoal, mas para a edificação de um reino de justiça e de paz. No AT a ruah de Javé é a força criadora de Deus que presenteia e mantém a vida, que atua no cosmo, intervém de maneira salvadora na história e promete vida nova e definitiva para o indivíduo na comunidade.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Oração para o casal de namorados

Como ontem foi o dia dos namorados aí vão algumas opções de oração para quem deseja viver um namoro na presença de Deus, colocando-O na vida do casal.


ORAÇÃO 1
Senhor, dai-nos a retidão de intenção e desejo em nosso namoro.
Purifique nossos corações para que possamos estar abertos a acolher seu amor e a partilhá-lo entre nós.
Faça-nos puros e generosos. Preserve-nos das ciladas do maligno.
Dai-nos Senhor a clareza do que Tu queres para nós.
Mostre-nos e nos guie para que possamos participar juntos do sacramento do matrimônio.
Faça-nos um para o outro e que a fidelidade a Ti possa ser manifestada na fidelidade em nosso namoro.
Amém!

Texto retirado do blog: http://amigocruz.blogspot.com/search/label/ORA%C3%87%C3%83O#ixzz1PBLu2hWs

ORAÇÃO 2

Senhor, revelaste a alegria do amor entre mim e uma pessoa.

Hoje, de mãos dadas, vivenciamos esta maravilhosa experiência: o namoro.

Namorar é aprender a amar, a respeitar as diferenças;

é permitir a descoberta um do outro, formando, assim, uma aliança de felicidade.

Ó Mestre, abençoa o nosso namoro.

Ensina-nos a amar, compreender, servir, respeitar e perdoar um ao outro.

Conserva acesa a chama desse amor aprendiz em nossos corações.

Ilumina os nossos projetos e, sendo tua vontade , faze-nos felizes para vivermos as realizações.

Nós, como namorados, queremos sentir-te presente nos caminhos do amor, agora e sempre. Amém!

Texto retirado do blog: http://www.comunidadejesusteama.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=160:oracao-dos-namorados&catid=44:intercessao&Itemid=115



ORAÇÃO 3
Meu grande amigo Santo Antônio,
tu que és o protetor dos enamorados,
olha para mim, para a minha vida,
para os meus anseios.

Defende-me dos perigos,
afasta de mim os fracassos,
as desilusões,
os desencantos.

Faze que eu seja realista,
confiante, digno e alegre.
Que eu encontre um amor que me agrade,
seja trabalhador, virtuoso e responsável.

Que eu saiba caminhar para o futuro
e para a vida a dois com as disposições
de quem recebeu de Deus
uma vocação sagrada e um dever social.

Que meu amor seja feliz e sem medidas.

Que todos os enamorados busquem a mútua compreensão,
a comunhão de vida e o crescimento na fé.

Assim seja.


Texto retirado do site: http://mensagensepoemas.uol.com.br/religiosas/oracoes/oracao-para-os-namorados.html


sexta-feira, 10 de junho de 2011

OS NOVOS AREÓPAGOS HODIERNOS




Murah Rannier Peixoto Vaz
Pioneiramente, ano após ano, a Igreja do Brasil utiliza-se da Campanha da Fraternidade como meio pastoral para atingir as mais diversas realidades de missão, especialmente os novos ambientes de missão ou, seguindo as pegadas de São Paulo, os novos Areópagos. Areópago era o nome dado ao lugar em que os gregos se reuniam para discutir os importantes assuntos de política, filosofia e religião. Era um local para exercer a cidadania por meio das Assembléias, local para debates e exposição de idéias, onde cada um podia fazer uso da palavra e apresentar seus argumentos.
Ao pregar no Areópago de Atenas, Paulo ousou falar daquilo que ainda era incompreensível para os gregos, mensagem tratada como loucura, embora fosse fato constitutivo da fé cristã, a cruz. Paulo não foi muito feliz em sua primeira exposição, mas já ali alguns poucos creram naquilo que era apresentado. A partir desse pequeno grupo, qual o fermento na massa leveda-a e a faz crescer, logo o mundo helênico se viu profundamente tomado pela doutrina cristã.
Nos dias de hoje faz-se mister o uso de uma ousadia e oportunismo aos moldes paulinos e ir ao encontro dos outros nos novos Areópagos hodiernos. São tantos os novos Areópagos que carecem de evangelização que se torna um verdadeiro desafio percorrê-los e se faz necessário uma profunda preparação teológica e vivencial do mistério de Cristo para saber apresentar e conduzir os outros ao conhecimento deste mesmo mistério. De tal modo, é preciso estar aberto às culturas para saber inculturar a mensagem do Evangelho a partir do ambiente e da cultura em que se encontra, e assim, compreendendo como pensam e vivem os povos, se descubra melhores formas para tornar a mensagem cristã compreensível.
Todavia, não se pode prescindir de que também é necessário que ao levar essas mesmas realidades ao encontro com a Boa Nova de Cristo, que liberta e transforma tudo e todos, também essas realidades e culturas sejam iluminadas pela luz evangélica. Para que imbuídos dos valores evangélicos e humanos desempenhem com eficácia suas finalidades. Em síntese, os novos Areópagos precisam ser evangelizados e humanizados para serem evangelizadores e humanizadores.
A Encíclica Redemptores Missio, de João Paulo II, ao abordar a questão dos novos Areópagos, fala de alguns desses ambientes de missão: O mundo das comunicações, de onde a própria cultura moderna é fortemente influenciada, deve ser utilizado como ferramenta para a evangelização.Photo credit: http://www.midiasocialpost.com/midia-social/voce-conhece-100-das-midias-sociais-voce-se-acha-um-expert
Outros Areópagos a serem iluminados pela luz do Evangelho são as áreas de promoção da dignidade humana, como: “o empenho pela paz, o desenvolvimento e a libertação dos povos, sobretudo o das minorias; a promoção da mulher e da criança, a proteção da natureza (RM, 37, p.64)”.
Recentemente nos documentos produzidos no último Celam, realizado em Aparecida-SP, fez-se em grande parte uma retomada da Redemptores Missio e, como aprofundamento, apontou-se também: a tarefa missionária de formar pensadores e pessoas que estão nos níveis de decisão, como por exemplo, os “empresários, políticos e formadores de opinião no mundo do trabalho, dirigentes sindicais, cooperativos e comunitários (DAp. 492)”. É fundamental, portanto, a participação dos Católicos na vida civil e política, como forma de testemunhar o Evangelho, sendo “sal e luz”, promovendo a ética e uma verdadeira democracia em cada um desses meios.
Percebe-se que o Documento de Aparecida mostra que há uma necessidade da Igreja se fazer presente nos grandes centros de decisões: os meios de comunicação social que são os grandes formadores de consciência; a cultura, respeitando o que é de valor para cada grupo, povo e nação; nas pesquisas científicas, ampliando o diálogo entre fé e ciência e oferecendo novas possibilidades que não atentem contra a vida e que a coloquem em primeiro lugar; nas relações internacionais para torná-las mais humanas e justas entre as nações.
Contudo, não cessam por aqui os ambientes de missão, há ainda os diversos novos rostos pobres e excluídos contemporâneos, como os enfermos de HIV e de outras enfermidades endêmicas, os migrantes, os encarcerados, os dependentes químicos, as vítimas da prostituição, o trabalho infantil, os moradores de rua, desempregados, refugiados, os analfabetos digitais, os indígenas e afro-americanos, os lavradores sem terra, atingir os moradores das regiões de invasões e favelas sem se descuidar de uma pastoral urbana, dos grandes centros, etc, etc.
Mais do que nunca se faz urgir iniciativas como a Campanha da Fraternidade e o irromper das Pastorais sociais e Comissões como a “Justiça e Paz” para que se possa implementar uma pastoral missionária efetiva e afetiva para com a massa dos desfavorecidos e excluídos de nossa sociedade, tirando-os de sua massificação e elevando-os à sua real dignidade humana de pessoa. Sem perder de vista, é óbvio, que a maior pobreza é não reconhecer o mistério de Deus e a presença de seu amor na vida da humanidade.
BIBLIOGRAFIA:
Bíblia de Jerusalém, São Paulo: Paulus, 2008.
CELAM. Documento de Aparecida. São Paulo: Paulus; São Paulo: Paulinas; Brasília: Edições CNBB, 2007, p. 181-191.
PAULO II, João. Redemptoris Missio. São Paulo: Paulinas, 1991, p. 52-67.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

CONTEMPORANEIDADE

Quino, o cartunista argentino autor da Mafalda, desiludido com o rumo deste século no que diz respeito a valores e educação, deixou impresso no cartum o seu sentimento:










A genialidade do artista faz uma das melhores críticas sobre a criação de filhos (e educação) nos tempos atuais.

Extraído de um e-mail recebido.

domingo, 5 de junho de 2011

Felicidade...

Além dessas duas perguntas se encaixaria bem uma terceira: Sua felicidade é verdadeira? A fórmula é a mesma: Sim-Não; Continue-Mude.

Pense nisso...