segunda-feira, 12 de novembro de 2012

ABRIGADOS À SOMBRA DA CRUZ



Murah Rannier Peixoto Vaz
 
A casa de tábua

A casa de lata

A casa de papelão

Casa daqueles que sofrem nesse chão.

 

Muitos passam por eles...

Os veem, mas não os sentem.

Os ouvem, mas não os acolhem.

Passam... mas não se aproximam.

 

A mansão do ricaço de concreto e aço

Ocupa um quarteirão.

O casebre do pobre se equilibra

Sobre a nobre barranca do ribeirão.

 

Realidade que contrasta, agride e afasta

Os que não têm um pedaço de pão.

Desprezados e humilhados

Novamente hoje é dia de crucificação.

 

Dai senhor enxerga-los e senti-los

Ouvi-los e acolhê-los.

Promove em cada um a conversão.

Te peço Senhor, comece pelo meu coração.


 

 
 

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