terça-feira, 6 de dezembro de 2011

IPAMERI: A MESOPOTÂMIA DO SUDESTE GOIANO

Foto do Alberto Costa
 Murah Rannier Peixoto Vaz
      Ipameri é a tradução de Entre Rios, nome primitivo da cidade, que se traduziu para a língua Tupi-Guarani. Anteriormente ao nome Entre Rios, o antigo Arraial era denominado como Vai e Vem devido ao serpentear do córrego dentro do território e de uma fazenda próxima também do mesmo nome.
         Nota-se que o nome da cidade sempre esteve ligado às águas que banhavam seu território, lhe davam a uberdade do solo e um clima ameno e agradável à região em que se localiza. A própria palavra Entre Rios é a tradução em português da palavra que dá nome a uma região do antigo Oriente Médio, localizada entre os rios Tigre e o Eufrates, a chamada região da Mesopotâmia. Nessa região houve o despontar de três grandes potências: a Assíria, a Babilônia e a Pérsia. Todas essas potências tiveram seu auge e apogeu, tiveram o seu enfraquecimento e deixaram de existir.
        Também Ipameri no decorrer de sua história teve um momento de grande apogeu, seu ponto máximo de progresso e de processo fabril, mas que em meados do século passado, entre as décadas de 30 e 60, começou a enfraquecer. Tal enfraquecimento se deu com a construção da nova capital goiana e a conseqüente transferência de famílias, comércio e indústrias situadas em Ipameri. 
         Contudo, há um agravamento na década de 60 com a construção e o Batismo cultural de Brasília, a nova Capital Federal. Assim, há um grande deslocamento de pessoas, não só de Ipameri, mas de todas as cidades da região sudeste, de todas as áreas do Estado de Goiás e até de fora dele. Todos em busca de melhores condições de vida e do progresso e desenvolvimento provocado pela fundação dessas novas cidades.
         Especialmente por esse motivo, mas também por diversas intrigas e brigas políticas, Ipameri, a terra do Entre Rios, localizada entre os rios Veríssimo e o Corumbá, também teve o seu momento de enfraquecimento e estagnação.
         Pensando, porém em seu mais primitivo nome, Vai e Vem, podemos notar que Ipameri, a “Sala de Visitas de Goiás”, se enfraqueceu, mas não morreu. Vê-se latente a esperança de que aquilo que foi perdido algum dia retorne e faça essa cidade ainda melhor do que outrora fora.  Para que, se desprendendo do que já foi, possa como a Fênix renascer de suas cinzas e brilhar novamente no cenário estadual e nacional. Esse sonho é de todo o ipamerino, ver Ipameri brilhar e restaurar toda a sua dignidade, mas do que isso, de que ela vá além e transcenda a si mesma e a história de suas glórias passadas.
         Entretanto, a história é feita no chão em que pisamos e essa esperança que nos move não pode ser apenas uma utopia, desassociada da vida, mas sim uma práxis, a qual todos são convocados a participar e colaborar.
        Que tal?!? Faça parte dessa nova história você também...
        Como diz Chico Buarque: “Todos juntos somos fortes / Somos flecha e somos arco/ Todos nós no mesmo barco/ Não há nada pra temer...”

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